Achete situa-se a 15 kms ao Norte da capital do Ribatejo – Santarém – e na margem direita do Tejo, na zona de Bairro, onde o relevo é meio movimentado, com colinas pequenos montes e alguns planaltos, situa-se a Freguesia de Achete.
É uma freguesia rural, com uma área de mais de 32 km, bastante extensa e igualmente bastante dispersa.
É constituída pelas aldeias, lugares e lugarejos de:
Advagar; Alcaidaria; Alto do Mato; Areosa; Arneiro dos Borralhos; Bemposta; Boiças; Brava; Canoeira; Caparoto; Caparrota; Casais D'El-Rei; Casais da Asseiceira; Casais da Borda do Rio; Casais da Bufinha; Casais da Cabaça; Casais da Comenda; Casais da Espanha; Casais da Fonte da Pedra; Casais da Igreja; Casais da Póvoa Nova; Casais da Ribeirinha; Casais das Archeiras; Casais das Arroçadas; Casais das Bicadas; Casais das Boiças; Casais de Advagar; Casais de São João; Casais de Vale Flores; Casais do Agrão; Casais do Pego; Casais do Sacôto; Casais do Saramago; Casais do Verdelho; Casais dos Gatos; Casal da Estrada; Casal do Ferrão; Casal dos Abreus; Casal dos Florindos; Casal Gouveia; Casal Vale Centeio; Casal vale de Monas; Chã de Baixo; Comeiras de Baixo; Comeiras de Cima; Dom Fernando; Dona Belida; Fairo; Fonte da Pedra; Juncal; Nabais; Quinta da Caparrota; Santo Amaro; Serrada; Torre do Bispo; Vale do Grou; Vale dos Zanigueiros; Vale Flores; Vale Negro e Verdelho.
O maior aglomerado de habitações não está na sede da freguesia, mas sim nas aldeias de Verdelho, Advagar, e Fonte da Pedra.
Não se sabe ao certo a origem do nome de ACHETE, alguns etimologistas afirmam derivar da palavra ASXAT, cujo significado corresponde a terra de ovelhas. Outros porém dizem que o nome se relaciona com a palavra românica ACHETA. Também há quem diga que o nome vem de ACHADA, por ter sido encontrada uma imagem de Nossa Senhora. Esta Freguesia foi durante alguns anos Comenda da Ordem de Cristo.
Esta freguesia predominantemente agrícola, cedo atraiu as atenções do reino colhendo de D. Dinis importantes benefícios ligados à cultura dos campos. Vários nobres aqui se estabeleceram possuindo quintas de grande valor, entre as quais as quintas de ALCAIDARIA que pertenceu a D. João Coutinho, VALE FLORES que foi propriedade do Visconde da Ribeira do Paço, CAPARROTA que pertenceu à família Oriol Pena, DONA BELIDA criada em 1395 e que foi propriedade da ORDEM DE CRISTO e quinta de EL- REI que foi residência de Verão de alguns monarcas.
No ano de 1810 todas estas quintas foram destruídas e roubadas pelas tropas francesas no período das invasões.
Património de grande valor é a Igreja Matriz de Santa Maria de Achete, principalmente o seu interior, de uma só nave e com cinco altares. O templo é todo revestido de azuleijos dos tipos padrão e tapete com painéis. Estes painéis têm gravado a imagem Custódia, Jesus Salvador, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição. Junto à Igreja existiam sepulturas muito antigas, sendo uma delas assinalada com a Cruz de Malta.
Existem ainda capelas nos lugares de Advagar, D. Fernando, Santo Amaro, São Simão e Verdelho, Fonte do Piúlho, Fonte das Almas e Poço do Rendeiro.
Azoia de Baixo é uma povoação muito antiga, de fundação anterior à nacionalidade. O primeiro dado histórico de que há notícia prende-se com uma carta de foral de 13 de Abril de 1255, concedida pelo rei D. Afonso III.
Com 4,750 km2 de área geográfica e 297 habitantes em segundo os censos de 2011, Azoia de Baixo, situada na zona do “Bairro”, é uma das mais pequenas Freguesias rurais do Concelho de Santarém.
É uma Aldeia aprazível, tranquila e pitoresca. O seu casario branco, que as rosas de Maio matizam de encanto, desenvolve-se num vale anichado no sopé de verdes colinas, sobre a margem direita de uma pequena ribeira. As suas palmeiras seculares dão-lhe um toque exótico e os seus olivais, que Herculano imortalizou, searas e pequenas hortas ligam-na a um passado de tradições agrícolas, à atividade ancestral dos seus primitivos habitantes – a agricultura de sobrevivência.
Do património cultural e arquitetónico da Freguesia, destaca-se a Igreja Matriz anterior a 1700. O seu Altar-Mor, em preciosa talha dourada, expõe belíssima imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Freguesia, magnificamente coroada por dois anjos barrocos. A Escola Alexandre Herculano, construção de finais do século XIX, com marcas de arquitetura romântica, assinala a presença nestes lugares do escritor que lhe deu o nome, perpetuando a sua memória.
Póvoa de Santarém, sabe-se que foi feita freguesia em 5 de Agosto de 1673 e que o seu atual topónimo foi criado por decreto de 7 de Abril de 1925.
Cobre uma superfície de 8,1Km2 e tinha, segundo o censo de 2011, uma população de 708 residentes, com uma prática dominical de 22,1%.
Como paróquia foi D. António de Mendonça, Arcebispo de Lisboa que, atendendo à petição apresentada ao Cabido Sede Vacante, pelos moradores de Póvoa dos Galegos, lhe concedeu a sua desanexação da paróquia de Azoia de Baixo, em 16 de Junho de 1670.
Descontentes pela perda os paroquianos de Azoia de Baixo interpuseram apelação apostólica para o Vigário Geral do Bispado de Coimbra, a qual foi recusada e concedida a desanexação definitiva em 20 de Dezembro de 1672.
A igreja paroquial, de que é padroeira Nossa Senhora da Luz, é o único lugar de culto com celebração habitual.
A igreja paroquial, de nave e capela-mor abobadadas, e púlpito de pilares de caneluras, tem altar-mor e colaterais de talha dourada de fins do século XVIII.
Era de inicio uma pequena capela que ao longo dos tempos foi sendo ampliada. A sua traça atual deve-se aos artistas locais, que a restauraram e ampliaram, após o terramoto de 1909, que a deixou bastante danificada.
A festa em honra da sua padroeira, Nossa Senhora da Luz, celebra-se a 15 de Agosto. Esta teve início a 15 de Agosto de 1914, data em que se realizou a primeira procissão.
As procissões tinham sido proibidas pelo governo e esta freguesia foi a primeira no concelho de Santarém, a realizar uma procissão, após aquela proibição.
São de registar as imagens de Santo António, quinhentista, de pedra, ricamente pintada e estofada, a qual tem sido solicitada para várias exposições, entre elas a do Mundo Português; S. José e o Menino, de madeira, pintada e estufada (Sec. XVIII); Nossa Senhora da Saúde, setecentista, de madeira estofada; e ainda uma série de outras, setecentistas, estofadas e douradas, de S. Domingos, Santa Barbara, S. João Evangelista, Nossa Senhora da Conceição, S. Bernardo, Santa clara e S. José.
São dignas de interesse duas sepulturas situadas no adro da igreja - uma de Margarida Herculano, sobrinha e filha adotiva de Alexandre Herculano, que viveu os últimos dez anos da sua vida na Quinta de Vale de Lobos, desta freguesia; outra de Vicente Paulo Cordeiro, benemérito e proprietário dos terrenos do Mato - hoje Rua Bispo D. António Mendonça -, Cuja obra ainda hoje é recordada pelos mais idosos, e que doava um lote de terreno a cada casal de noivos que casasse na paroquia a 15 de Agosto, dia da Festa da Padroeira.
Diz-se que a vara ainda hoje empenhada pelo juiz da festa, na procissão, é a mesma que aquele benemérito utilizava para fazer as medições dos terrenos a doar.
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